Se é que há simbolismo nas cores, se o verde simboliza a esperança, o vermelho só pode evocar a vida, pois não se pode negar a cor do sangue.
Em cada nascimento há esperança de vida boa.
Qualquer mancha abstracta que vá ganhando definição acaba por, mesmo involuntariamente, adquirir valor semântico. Cada observador interpreta-a consoante o seu estado de espírito.
À falta de melhor oportunidade, a estrutura que aprisiona pode servir de suporte para a libertação. Assim o prisioneiro alimente a pertinácia e conserve os laivos de esperança.
Quando o imponderável toma conta da acção é preciso não desanimar e esperar melhor oportunidade para levar a bom porto a proposta inicial. Por vezes é necessário colaborar com o opositor para conseguir harmonizar o objectivo.
As formas por inventar podem surgir do nada. O homem idealiza objectos, concretiza-os à escala das suas necessidades e molda-os mediante a sua utilidade. Por vezes resultam artefactos ergonómicos com formatos sui generes.
A vida é feita de retalhos. É preciso escrutiná-los: excluir uns e eleger outros.
Quem tiver mais mestria para os organizar e coser, melhor desfrutará do seu todo.
Sensualidade, luxúria e concupiscência quando se misturam podem gerar uma confusão bombástica e atacar mentes incautas. Até as que se presumem menos vulneráveis estão à mercê da encantadora serpente do pecado.
Se invertermos a perspectiva formatada e usual com que olhamos a nossa vivência, verificamos quão frágeis são as raízes das estruturas morais, sociais e politicas que nos sustentam.